Primeira cirurgia de redesignação sexual é realizada no Amazonas

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Em agosto de 2024, o Amazonas realizou pela primeira vez cirurgias de redesignação sexual. O procedimento ocorreu no Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), em Manaus, durante a 1ª Jornada Multiprofissional de Cirurgias de Modificações Corporais em Pessoas Trans e Intersexo, organizada pelo Ministério da Saúde e pelo HUGV-UFAM, com apoio da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e da Sociedade Brasileira de Urologia.

A estudante de odontologia Emy Rigonatty, de 26 anos, foi uma das 22 pacientes contempladas pelo mutirão de cirurgias. Até então, pessoas trans do Amazonas que desejavam realizar a cirurgia precisavam buscar atendimento em estados como São Paulo e Rio de Janeiro, onde há centros de referência no SUS. A realização do procedimento em Manaus reduz custos, encurta distâncias e facilita o acesso ao direito à saúde dessa população.

Apesar do avanço, especialistas apontam que ainda há desafios na ampliação do atendimento à população trans no Amazonas. O estado carece de políticas públicas mais robustas para garantir o acesso a hormonioterapia, acompanhamento psicológico e outros serviços essenciais para a população transgênero.

A expectativa é que, com essa primeira cirurgia realizada, mais procedimentos possam ser viabilizados no estado, consolidando o Amazonas como referência no atendimento à saúde trans na região Norte.