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Dia da Visibilidade Trans: luta por direitos em um país que mais mata trans

  • Foto do escritor: Bianca Gloria
    Bianca Gloria
  • 29 de jan.
  • 2 min de leitura
Foto: Freepik
Foto: Freepik

Nesta terça-feira 29 de janeiro o Brasil celebra o Dia da Visibilidade Trans uma data que marca a luta por respeito direitos e representatividade para pessoas trans e travestis. Criada em 2004 a data surgiu a partir de uma campanha do Ministério da Saúde para promover o acesso dessa população às políticas públicas. Vinte anos depois os desafios persistem mas também há avanços a serem comemorados.


Desafios e lutas


O Brasil segue sendo um dos países que mais registra assassinatos de pessoas trans no mundo, segundo dados da Associação Nacional de Travestis e Transexuais ANTRA. Além da violência, a população trans enfrenta dificuldades no mercado de trabalho na educação e no acesso à saúde.


Dados da pesquisa Dossiê Assassinatos e Violências Contra Travestis e Transexuais Brasileiras da ANTRA apontam que a expectativa de vida média de uma pessoa trans no Brasil é de apenas 35 anos, um reflexo das violências e da exclusão social que essa população enfrenta.


Avanços e conquistas


Apesar dos desafios as últimas décadas trouxeram avanços significativos para a comunidade trans no Brasil. Em 2018 o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu o direito de pessoas trans retificarem seu nome e gênero nos documentos sem a necessidade de cirurgia ou processo judicial. Além disso, políticas de inclusão no mercado de trabalho e programas de empregabilidade começam a ganhar força em algumas cidades.


Na cultura e na mídia a presença de pessoas trans também tem aumentado nomes como Linn da Quebrada, Erika Hilton, Maria Clara Spinelli e Gabriela Loran são exemplos de visibilidade positiva e representativa nos espaços públicos.


Educação e inclusão caminhos para um futuro mais justo


Especialistas apontam que a educação é uma das principais ferramentas para transformar a realidade da população trans. Segundo a pesquisa Pessoas Trans no Mercado de Trabalho da Fundação Tide, 90% das pessoas trans deixam a escola devido à discriminação o que impacta diretamente suas oportunidades profissionais.


Projetos educacionais voltados para essa população como cursos de capacitação e programas de inclusão universitária são fundamentais para mudar essa realidade. Em algumas universidades como a UFBA e a Unicamp já existem cotas específicas para pessoas trans em cursos de graduação e pós-graduação.


A importância da data


O Dia da Visibilidade Trans não é apenas uma data de celebração mas também de reflexão e ação. A luta por direitos respeito e segurança continua e a mobilização de toda a sociedade é essencial para garantir um futuro mais justo para todas as pessoas trans e travestis.



 
 
 

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